O dia da enxurrada

O dia correu no cansaço
Das horas que não me pertencem.
Corri do engano das águas
E vi mil caminhos num vale.

As águas seguiram firmes o trajeto
Das curvas e demais ondulações,
Nos declives suaves e profundos
Dos rumos mais vagos e incertos.

Não ter medo, e enfrentar.
Eis o sentido do temor:
Redescobrir no caminho a contra mão
Do destino, no retorno essencial
De um simples ser menino.

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