DO HOMEM DE AGORA AO HOMEM NOVO
Quando o peso das palavras
Do homem velho
For menor
Que a liberdade de escolha
Da felicidade plena
Os dias nascerão com o céu tão azul
Que todos passarão a ver
A paz se desenhar pouco a pouco
E urgentemente
Os laços comunais vão renascer...
Sem essas utopias reacionárias
Que fazem esperar o tempo infinito
Sem ter certeza do que lá vêm.
Quando o medo da igualdade e fraternidade
Ultrapassarem e saírem do horizonte burguês
Os homens marcharão lentamente lado a lado
Felizes e abraçados, sóbrios e contentes geralmente...
Sem subterfúgio, sem se prenderem a utopias...
Porém, o que há agora
É o paradoxo das palavras do homem velho
Que não sabem ainda ser coerentes
Com os ditos padrões morais
Que ela mesma defende
Por preconceito ou incompreensão.
Mas, quem sabe hoje, a vida seja mais bela
Do que as palavras e gestos do homem
Nos permitem perceber...