Não Preciso Que Me Compreendam
Não entendo
Quem não compreende
A sensibilidade no toque,
Nas palavras,
Quem não percebe que no silêncio
Vou reconstruindo
O meu espaço...
Não me surpreendo
Que com tanto tempo
Pouco se tenha mudado.
Não sou eu a dizer.
Tampouco, posso julgar...
Além de toda a incompreensão
Sigo indiferente...
Árido, calmo,
Sincero em silêncio.
No ritmo do tempo
Vou crescendo
Sem alarde, solitário, suave e intenso...