Poema do Amor Imponderável
É a solidão das águas
Que batem forte
Abafadas
Pelo astro sol
Imponente
Intocável
Distante, imponderável
Cheio de instantes, lembranças
Histórias alheias...
A solidão dessas pedras
Nas quais transito
Com meus pés cansados...
É talvez - a solidão dos ventos
Que correm aflitos, certeiros...
A solidão das rosas
Que teimam em surgir...
É a minha solidão
Do amor esterilizado
Da simples contemplação...
À beira dos lampiões
Confrontos de conflituosas lembranças...
Um mar de indagações
Flutua, transborda,
E vou ficando quieto,
Rompendo o ciclo
Enfim...
É essa a solidão
Que corre e incendeia
Afaga e transforma...
Transmuta os desejos