Poema

É noite alta...
Poucas estrelas à vista
A lua crescendo majestosa
Meus olhos transcendem o estupor...

Há um tanto de desânimo
Em cada canto
De minha face
Em cada detalhe
Nos meus gestos
Que vou reconstruindo
Passo a passo
Longas incongruências combinadas.

Parece tudo raso e frágil
Se for ver com olhos simples
E desânimos recauchutados...
Mas vou topando com o amor
Ao notar um jovem pai
Correndo no coreto com o filho,
Nos olhares súplices
E sorrisos cúmplices de casais,
Na calmaria estranha e vívida
Neste ramerrão insípido da terra...

Postagens mais visitadas