Moldes

Vou deixando de querer
Velhas perspectivas de amor. 
Já não quero mais saber 
De flores, cartas, esperas...

Vou caminhando bem
Sem querer buscar
Em qualquer traço
Nas ruas, nas redes
Um sinal
Um espectro
De amor
Que nunca está
Senão nas entrelinhas
Daquilo que não entendo,
Mas que vaga
Com o sol e a lua,
Com a chuva,
Com o tempo
Em todos os lugares.

Vou deixando de lado os altares
Onde nasce tanta beleza
Na consciência.
Sigo
Explorando a solitude
  [Mudando o ritmo
Moldando as atitudes
Revendo - não só com os olhos
        Enquanto piso
Esse chão concreto
 Extremamente duro e real...

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