Noturna a Mais

 

Tudo basta

Ou basta o incenso

Para que me purifique

De velhos fantasmas

De sonhos vãos?

 

É noite adentro

Da própria noite...

Silencio

Gatos na rua.

E só – sem sono

Noto o tempo

Comprido e vazio.

 

Estranho estado.

Susto – rigidez simbolista?

Pessimismo de Belazarte

Ou mente de Pierrot.

 

É desastroso esse medo.

Trôpego, refazendo passos.

Avanço sem tempos marcados

Caminhos que não percebi.

 

Noite adentro

Cético, frenético

Distante das Flores do mal,

Sintético – quem sabe, patético

Caminho inseguro

No tempo que vem.

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