Fragmentado

Às vezes, some a esperança...
O olhar não sabe como reagir.
A paisagem de concreto
Toma lugar e assusta a praia.

As horas correm.
Às vezes, parecem jabutis.
E o silêncio recompõe o cotidiano.
As flores... Não as percebi.
Estão lá fora, dispersas,
Livres dos meus enganos.

O homem que caminha só
Não tem medo de seguir.
À parte, esquece e esconde
A vergonha que tem de seus passos,
Modelando seus novos passos
Com os sonhos que recomeçou...

Lá, ao longe,
Eu vejo o cansaço
E a estranha solidão do medo.
Poço de abismos, segredos.
Conforto da ilusão de uma felicidade.

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