Não Esquecer

Enquanto as novelas e o futebol
Dominam corações e mentes,
Em longínquos rincões
Mais sentenças do tribunal de violências
Ceifam a vida de quem luta
Impõem o medo e assassinam o futuro.

Ao longe, em Brasília, canetas assassinas
Dispostas à mão pra proteger o burguês,
Controlam, assustam e preparam
Os passos pra chacina autorizada
E aumentada contra os pobres,
Eternos inimigos
Que não se acomodam na mesmice
De um emprego em lojas de roupas, 
Oficina mecânica ou num supermercado...

Enquanto isso, falsos aliados
Entregam os sonhos e histórias
Para os conglomerados que nada perdem
Com seus velhos discursos
Com sua combalida ganância
Travestida de boa vontade
Enganando quem vive e sonha,
Acabando com as riquezas locais
E fazendo o que é esperado
Nesse jogo ganho - combinado
Entre Estado e burguesia, igreja e companhias,
Nessa roda que assassina o amor à terra
E aos sonhos que dela podem brotar.

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