Estar/Ser/Caminho

Tenho andado só.
E não há desespero.
Faço silêncio: as mágoas enfrento,
Sigo tranquilo com a indiferença.

Os dias são secos e duros,
Como o torrão da baixada sem água em setembro,
E as palavras econômicas atravessadas
Ou engolidas no oportuno silêncio.

Venho caminhando: e não há mal
Em estar um pouco sozinho.
Sem círculos demais,
Com palavras e problemas
Tão menores
Que as longas madrugadas de insônia,
Inquietude e cansaço.

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