Ainda Iguais

A luz que passa pelos telhados
É limitada, frágil e curta
Como vozes autoritárias
Que se levantam de tempos em tempos.

Abundam as respostas para o mesmos problemas,
E no entanto, vê:
Ninguém consegue conversar,
Afoitos e afeitos que estamos
A idéias fechadas e incompletas.

O dia nasce bonito,
Mas os atos enfeiam o tempo,
Como paredes escarradas de gripe,
Ou lâmpadas cobertas de teias.

E vê: aqui ainda estamos...
No fim das contas ainda seremos iguais
Ao que sempre evitamos
E não queremos repetir.
Onde está a coragem de romper
Para além das palavras
E viver como sempre quisemos?

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