Palavras e Omissões

Malditas as palavras
De quem balbucia em favor
Duma suposta unidade
E não tem humildade
Nem coloca os pés no chão.

Malditas as palavras
Que saem dos omissos,
Criticando quem se posiciona,
Mas sem dar um passo
Em qualquer direção.

Maldita a falsa paz
De quem não vê os problemas
De todos assomando a porta
Ou finge não saber
E vai à festa toda semana
Sem motivo algum pra festejar.

Maldito seja o medo conivente
Ou o gostar submisso
Que prendem, acovardam, enfraquecem os laços...

Maldito seja o olhar diferente
Pela cor da pele ou posição social...
E mais maldita é a crença
De que tudo se resolve com meias inclusões
Vagas reformas
Sussurros distantes na busca por igualdade.

Maldita toda a desigualdade
E o que a gera também,
Quando pessoas morrem de fome,
E outras - fartas e prepotentes
Palitam os dentes e sonham
Sempre em ter mais poder,
Mais dinheiro, reinando sobre as leis,
Os sonhos e as vontades de todos...

Malditas sejam todas as tentativas
De conciliações ou recuos
Que impedem o homem novo de nascer
E afastam a humanidade do futuro necessário...
E maldita mais uma vez toda a omissão
Que se faz de critica a tudo para nada propor...

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