Pingos

Ouço a chuva que estala e assusta...
Noto o escuro do meu quarto numa noite qualquer de abril...
Há sons e ruídos abafados
Como os sonhos da infância que larguei.

As árvores caem resistindo
À imperiosa vontade dos ventos.
As flores mergulham nas águas de chuva
E somem da vista de todos.

Enquanto tudo isso acontece,
Espero pela tua volta,
Me assusto com o vago silêncio
E sonho com um tempo só nosso.
Onde as flores no nosso jardim
Transmitirão amor a quem vê-las,
Encantarão a quem passar pela rua.

Quando esse tempo vier,
Será a calma e o burburinho.
Será o mistério de uma vida a dois.
Será um tempo de novas descobertas e sonhos.

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