Absorto
Os olhos voltados pro chão.
As teclas batidas num ritmo frivolo e estridente.
Não sei se penso - fico absorto a olhar pro chão.
As dores que não sinto nalma
Ao mesmo tempo silêncios de reflexões.
Cortes. Mistérios, sorrisos, tristezas.
Dores que não se refletem
No tempo da primavera.
O silêncio das quimeras
Absorve as horas calmas.
E me junto à multidão
Que só passa e não se vê
Absorta nas horas frivolas,
Sem sentimentos certos e definidos,
Apenas indiferentes às dores d'alma que sentem...