Vênia (?)
Vejo o dia nascer. Espero o vento passar.
Não meço os atos, tampouco momentos.
Vou vivendo, e às vezes tudo isso assusta,
Como o vento frio das noites vazias e escuras.
Ouço o silêncio no escuro e percebo vontades ofuscadas.
Assustam as palavras não ditas ou dispersas
Em múltiplos sentidos, expressões que doem
Mas apenas enunciam.
Me vejo errando como antigamente.
E olho o tempo distinto- não sou o mesmo,
Não posso ser...
Enquanto reflito palavras e gestos,
Em meio ao silêncio, só peço desculpas.