Os fios do medo

O tempo trepidante
Obscurece os caminhos.
Esquece as horas tortas,
Perfuma o absinto.

Sigo sozinho há longo tempo,
Sem luz ou trevas, mas só
E tranquilo - deixando os sonhos
Da torre seca, voando alto
Sem asas ou balão.

Hoje topei com o medo assombrado,
A lua sem luar, canção sem ritmo,
Sufoco seguido de sorrisos marcados,
A velha ilusão desgastada e sutil.

Socorro sozinho os passos vazios,
Buscando no seguido caminhar
A resposta dos sonhos
E dos meus impropérios.

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