Anágua

Formas retangulares. O espaço fechado.
O ar controlado. As horas lentas.
E pernas cansadas.
Sono em frente ao computador.

Sempre em frente caminho,
Sem medo do teu espectro.
Meço os passos do desencanto,
Deixo o dia passar lento e calmo.

Olhos diversos em distintas direções.
Os teus surgem como lua esquecida
Nos meus sonhos inversos
Ou nas taciturnas contemplações
Da noite longa, limpa e fria.

Teu olhar enigmático não surpreende
O meu coração conhecedor desses caminhos.
Vaga o tempo, mas não as lembranças,
Enquanto sigo - sincero e tranquilo.

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