Panorama Geral

As ruas do Centro
Vazias e belas
Na sutil manhã
De sonhos e lutas
Expõem ao tempo as misérias abertas.

Nas ruas em que andam
Pessoas sorrindo, floridas de encanto
Tenho o desengano - ao ver
A tristeza no chão estampada.

Um homem como fome,
Sem sonhos ou amigos,
Rasgando sacolas - e o tempo da espera,
Comia lixo - um final de quimera.

Comia aflito,  sem presente ou futuro,
Distante e fraco,  encardido e esquecido...
Alheio ao desprezo,  tem fome e tristeza,
Rastejando no frio das pedras de cantaria,
Que encantam quem não vê
Com os olhos bem abertos
A miséria que somos
Enquanto ficamos distantes
De todos os que sofrem calados.

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