O mistério de Cronos

O tempo embala as memórias.
O nada se impõe ao silêncio.
Os dias seriam mais belos
Sem mágoas no horizonte.

Procuro o socorro da luz
No concreto labirinto...
Tateio palavras - discursos vazios.
Procuro teu cheiro,  com os olhos abertos,
Sonhando despertos nas horas de estio.

Florescem os vestígios de um recomeço...
Descubro o vazio no qual reconheço
Teu gosto sincero pela distância,
Deixando as horas correrem,
Relevando o nada que fomos.

Talvez só restem gotas
Que façam sentir o meu rude descompasso
Do abraço que não me deu
Quando,  enfim - te deixei partir.

Postagens mais visitadas