A noite sincera sem Luar

O gato preto me fita
Com seu felino olhar atento.
Refém da preguiça,
Encara a  minha mão,
Mas fecha seus olhos
E aproveita o sono da noite,
Escura como a pupila dos seus olhos arregalados...

Cães latem nas ruas.
Pessoas andam com pressa
Na rua deserta de sonhos.
Cansaço cotidiano - isso as invade e domina
E assusta quem - sem medo,
Não deixou de sonhar com um mundo sincero.

O céu sem luar e estrelas,
Signo da modernidade doentia,
Deixa as luzes dos postes irradiarem
Sobre a nossa humanidade perdida.

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