Visita

A tecla do teu desespero
Destrói a beleza do nada.
Vagueia o medo da noite
À sombra dos sonhos mais limpidos.

Deixaram as pedras do rio
Um enlace de exíguas barreiras
E desvanece um dia sereno
De tolo silêncio guardado.

Não sei se é amor que passeia
E sorri traiçoeiro aos meus olhos espertos.
Apenas espero no destempero do tempo
Deixar bem aberta a porta da casa.

Se vens,  amor, que o faça contente.
Desfaça nas horas o fio da saudade,
A felicidade da promessa que temos.

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