Ausente Confronto
A inércia toma conta
Do silêncio de um país.
Ouço vozes nos corredores e praças,
Desarticuladas palavras, resmungos,
Apatias bem comportadas.
Tanques de guerra se põem
Frente ao povo inerte
Silenciado e temeroso,
Que busca preservar a vida que não tem.
Olho para os lados...
Quem são meus companheiros,
Quando todos procuram apenas estrelas
E seguem sozinhos seus tortos caminhos?
Nessa hora ninguém vê direita, esquerda ou coisa qualquer,
Apenas covardia transpirando
Pelos caminhos da nação.
Traições, mentiras, discursos,
E gente mendigando pão.