Recortes
Não conto as horas passadas.
Apenas mantenho o olhar sereno
De quem enfrenta dragões sorrateiros
Em todas as horas, trevas ou escuro.
Percebo no tempo adverso
A incerteza que enfrenta um medo bobo.
Segue sutil e exata
Um caminho cinza e concreto.
O temor sorri, afinal?
Ou sou eu quem procuro paragens
Onde escreva os versos mais limpos?