Quadro do Centro

O medo assusta as pessoas.
A beleza do lugar atrai o silêncio.
As horas correm, vorazes.
O Centro segue a vida,  nos seus diversos ritmos.

O homem catando lixo.
A criança pedindo moedas.
A mulher sentada frente ao banco.
Os transeuntes caminham indiferentes.

Passos que seguem, vidas no chão.
Venceu o amor o desprezo sem par.
Fica distante a conquista do pão.
Qual novo mundo se quer construir,
Quando os olhos fogem do que temos aqui?

Os passos seguem, céleres e tranquilos.
Levam bem guardados o dízimo das igrejas,
Que distantes estão do povo sofrido,
Pobre, oprimido, sem apoio nem chão. 

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