Acédia

Sobrevivem palavras vagas
Nessa tarde quente e solitária...
Ventos correm em direções diversas
E desencontram meu medo mais profundo
Nestes versos feitos de algodão.

O sol distante queima os pés descalços
De quem pisa no asfalto desprevenido...
Meus olhos correm em torno do espaço,
Melancolicamente, buscam o teu abrigo.

Vejo que longe está... Quando perto desejo.
Percebo nos gestos que não vejo
A fragilidade do sentir em suas soltas palavras...
Vejo no horizonte estrelado o teu doce sorriso,
Distante de mim, e próximo
Dos meus sonhos mais profundos.

Talvez não baste amar...
Se a distância impera,
O silêncio amarga
E a tristeza dessa tua distância
Que cresce como bancos de areia,
À beira da praia, em frente ao mar cinza.

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