Nada!

Reluto em acreditar nas palavras
De qualquer um.
Talvez nada seja mentira,
Mas vale apenas o que penso.

Vale a pena crer que um novo sol
Virá quando a constelação enfim -
Sofrer um marasmo dessa solidão
E nesse egoísmo esquecer de si.

Quisera sofrer bem menos,
Com o nada que contemplo
Nesta tarde bisonha.
O nada - quimera
Existe nos mais vagos sorrisos,
Nas mais ternas lembranças
De tudo o que não pode ser...

Também - pudera...
Esqueci o pudor do silêncio.
Mergulhei no abismo das palavras,
Vãos sinais desse nada que toco,
Numa tarde vazia e sem brilho.

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