A noite e a poesia

Espero o silêncio à noite
Das multidões que adormecem.
Busco ouvir os passos e gritos
Indiscretos dos gatos vadios
Nas noites de lua cheia.

Noite serena que surge,
Esconde seus medos vagos
E enche de solidão
Os corpos cheios de frio,
Vivos, mas esquecidos
Dos abraços, da partilha do pão.

Noite, inquieta companheira
Do insone poeta do nada,
Refugia-se no escuro
Do seu escuso destino.
Vagas incertezas que cercam
Divagações de um menino.


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