Revolução

Vermes festejam o silêncio dos fracos.
Dores intestinas forjam a vitória
Do caos instalado na escuridão da dor.

Sonhar em encontrar respostas
É a maior incerteza presente.
As pessoas buscam o novo,
Mas não mostram romper com o passado.

Se as dores de nada servem,
Não ensinam o povo a lutar,
É melhor que a chibata ensine
O trabalhador a lembrar que - enfim:
Um novo mundo é possível,
Quando se deixar o papel passivo 
Dum cativo que vive a sorrir.
Chega perto a revolução,
Construtora da contramão desse mundo...
Casa de poucos, suplício de tantos,
Desencanto de quem já sofreu.

É tempo de flores às mãos,
Fuzis ensinando a lição
Do pobre que ergue o canhão
E luta contra a opressão,
Buscando a destruição
De um mundo sem compaixão.

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