Poema do Recato
A beleza acaba...
é imperativo que a beleza acabe...
no entanto, tanta gente
Tenta negar esse fato
E finge não perceber que o tempo passa
E a farra - a festa –
se esvai
as horas passam e tudo muda
e você ali apenas curtindo
(ou sendo curtido pelas circunstâncias)
meio perdido com o impacto das luzes...
Mas, quando só houver a labuta
É você sozinho enfrentando a guerra
Do dia-a-dia
Aprendendo com a sua solidão
O valor do silêncio e o recato.
Enquanto isso, lá fora, borbulham as luzes
Dos foguetes
Bêbados alegres na noite...
Com seus sonhos e lutas
momentaneamente anestesiados.