O Arroz segundo Rocha

A Rocha
Ou o Rocha
Das fazendas de soja
Da devastação
Que vende o lazer do povo
Lençóis maranhenses
Presentes da natureza
Que entrega comunidades
Inteiras
Por um porto a mais
Que não vê problemas
Na perda de soberania
Pois ganha sempre mais
Pra concordar com o alto escalão
Bancado pelos mesmos
Criminosos
Que assassinam
O povo
Com a fome
A carestia
Numa vergonha tão grande
Que faria o Gullar dos anos 60
Tremer novamente
Ao ver que o preço da cesta básica inteira
Não cabe no poema
Sequer no cotidiano...
Mas eis que essa Rocha de infortúnios
Culpa as vítimas
Os pobres
Que mal ganham pra comer
Sem espaço e tempo pra sonhar
Trabalhando tanto tempo
Muitos mesmo até morrer
Enquanto burgueses engomadinhos
Como essa pedra no sapato
Nos direitos
Na liberdade
Sonha 
Com a sua perversidade
Transformar todo o Estado em seu quintal.

Um filhote da ditadura
Que destila sua maldade
Sonha
Pensa que sua perversidade
Ainda será perdoada
Mal vê os seus próprios passos:
É um fascista apresentado
Mistura banal e bizarra
De milicia e coronel.

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