Sobre Portos e Mísseis

São palavras ao vento que dizem
Quando falam que defendem o povo.
Pura retórica quando dizem:
Estamos preocupados com o futuro do país.

Cães traiçoeiros, quem lhes ensinou a covardia?
O jeito sutil e manso, o olhar terno e comovido...
Sempre dizem que são diferentes,
Mas entregam o destino do seu povo
Nas mãos dos impérios mundiais.

Pra China se dá o Cajueiro...
Olha que lindo... Em alguns anos mais um porto,
Um novo símbolo da nossa dependência.
Soja, soja, minério, e o povo minguando nas ruas da cidade,
Como os migrantes ignorados e esquecidos.

Alcântara fica com os ianques...
A princesa dos olhos das potências mundiais
Vira um apêndice da guerra e da violação
Dos direitos de qualquer país...
E mais uma vez, lavam as mãos.

E demagogos dizem: nós apoiamos o desenvolvimento.
A mesma conversa que nunca mudou de fato a vida da gente.
E dizem : somos comunistas.
Mas são pilantras apenas...
Bandidos disfarçando amar um povo
Que desrespeitam...

No fim das contas só querem dinheiro.
Por soja ensacada pra China
E misseis atômicos apontados
Para os pobres desta terra,
Vítimas da ganância que corre
Por outras veias.

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