Apenas meu
Bato os tambores que exorcizam
Teu olhar de água lânguido, flácido,
Enquanto sinto milhões de sóis
Brilharem sozinhos na imensidão.
Ouço o toque suave das folhas
Que encobrem o chão avermelhado,
Toco o vento inclemente do teu desamparo,
Consolo as horas com palavras incertas.
O tempo contra todos
Divaga no espaço indeciso,
Confrontando o passado vivido
Com os sonhos que nunca foram vistos.
Ponho os pés na areia.
Nada tenho de teu.
Apenas o medo e o silêncio
Transcendem as fronteiras
Do cansaço e da desesperança atroz...