Aqueles olhos

Olhares confrontes encontram o passado.
Retornam e agravam feridas inteiras.

Não há amor...
Ou sempre respingou em silêncio
Enfrentando o sol com seus cabelos
E dando à noite morna o seu encanto.

Não vi nada além
De dois orgulhos secos e quebradiços
A romper as horas de impropério
Na contemplação do mútuo infortúnio,
Que não é ter o novelo pelo qual o tempo
Nos guiará rumo ao futuro,
Insano companheiro do tempo não mensurado.

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