A Tua Presença

Miro o nulo silêncio da sala escura.
Ouço passos tacirurnos
Confrontando a rigidez do espaço.
Guardo nos gestos discretos
Os claros segredos de água,
Que se esvaem sem definir
O que trazem no tempo presente.

Olho além das palavras
E contemplo o teu fino semblante.
Penso nessa boca e nas maçãs do teu rosto,
Da irritação que provoca e seduz.

Olhos de claras incógnitas
Parecem pedras esquecidas
No fundo de um baú recôndito.
Não sei o que há em mim:
Apenas gosto do teu enlace seguro
E do mistério de compartilhar o tempo
Sem saber o que será no meu confuso amanhã.

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