O silêncio e o nada

Sigo o silêncio do tempo noturno.
Rompe o obscuro e macabro assombro
O telefone com vozes distantes.

Vejo que o nada assoma aos ouvidos.
Vem sutilmente,  galgando espaços.
Contando os passos,  medindo segundos,
Vindo tranquilo em meio ao cansaço.

Quando percebo, fico sozinho,
E só percebo em meu caminho
O silêncio sorrateiro
Do nada que assoma diante de mim.
Calmo silêncio da noite cansada,
Longe da amada e guarnecida ilusão.

Postagens mais visitadas